Vivias nessa casa vermelha, resistindo à mortalidade da
noite... na aldeia ressacada …afundada na almofada escura …
Nesse talho dos prazeres, sorrias sem o sorriso maquilhado
que brindavas aos outros …quando chegava ….
Fazias-o, porque era especial, olhava-te sem o sexo nos olhos.
Simplesmente não necessitava da nudez da pele, para te ver
nua ….
Via claramente o teu coração bondoso sem soutien e a tua
alma milionária sem a roupa interior.
A única coisa que sempre vi vestida, era uma burca gritando
de dor… aproveitando os silêncios no meio dos egoísmos... prazerosos dos mesmos …
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